Silhueta de Gato: Dorinha (A cat's silhouette: Dorinha)

 


© 2021 Wilson Filho
8 de março de 2021

Lápis aquarelado e guache sobre papel. Sem moldura
Water colored pencil and gouache on paper. No frame
Tamanho (seize): 14,7 x 10,4 cm.

À venda (on sale): cf. linktr.ee/wilsonfilho
E-mail: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Obs.: O preço não inclui moldura nem envio
Price does not include frame and sending

Auto-retrato com barba 2 (Self Portrait with beard 2)

 




© 2020 Wilson Filho
Agosto de 2020

Creiom sobre papel cinza.
Creion on grey paper.
Tamanho (seize): A4.

E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Auto-retrato com barba (Self Portrait with beard)





© 2020 Wilson Filho
Junho de 2020

Nanquim sobre papel cinza.
Nankin on grey paper.
Tamanho (seize): A4.

E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Cópia do "Aristóteles" de Rembrandt (Copy of Rembrandt's "Aristotle")


© 2008 Wilson Filho

Nanquim sobre papel (pena e aguada).
Nankin on paper (pen and wash).
Tamanho (seize): A4.

E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Renata, irmã do artista: Retrato (The artist's sister: Portrait), 2006


© 2006 Wilson Filho

Lápis sobre papel.
Pencil on paper.
Tamanho (seize): A4.

E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Natália Alves: Retrato (Portrait)




© 2019 Wilson Filho
Lápis, creiom e giz branco sobre papel cinza.
Pencil, creion and white chalk on grey paper.
Tamanho (seize): A5

Coleção Particular (Private Collection): Natália Alves, Uberlândia-MG, Brasil
E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Ovelha no balanço (Sheep on a Swing)



 



© 2018 Wilson Filho
Lápis de cor aquarelado e guache sobre papel, A5.
Water colored pencil and gouache on paper

Presente para minha sobrinha Charlotte, nascida em agosto de 2018

Coleção Particular (Private Collection): Renata Ribeiro de Almeida, Uberlândia-MG, Brasil
E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Borboleta (Butterfly)






© 2018 Wilson Filho
Lápis de cor aquarelado e guache sobre papel, A5.
Water colored pencil and gouache on paper

Presente para minha sobrinha Stella, nascida em abril de 2018

Coleção Particular (Private Collection): Taís Ribeiro de Almeida Morais, Uberlândia-MG, Brasil
E-mail do artista: wilsonconvictor@yahoo.com.br

Flemish Lands (Terras de Flandres)

Obra publicada originalmente no site MediBang em 04 de janeiro de 2018, como participante do Concurso Universal de Mangá promovido pela revista japonesa Shonen Jump, em comemoração de seu aniversário de 50 anos.

Em razão das regras do concurso, além ter sido escrita em inglês, a paginação segue o modo oriental de leitura, da direita para a esquerda (isto é, lê-se a página da direita antes da página da esquerda, o quadrinho da direita antes do quadrinho da esquerda, e o balão da direita antes do balão da esquerda).

Embaixo de cada imagem de página dupla, colocarei uma tradução provisória para o português.

Para ler no Facebook, em páginas individuais, clique aqui

Obs.: No MediBang é possível ver as imagens maiores, com a opção "Vertical display (Match width)
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Work originally published on the MediBang website in January 4th 2018, as part of the Jump's Universal Manga Contest, promoted by the Japanese magazine Shonen Jump in celebration of its 50th Anniversary. Due to the contest rules, the layout follows the oriental style of reading (from right to left).

To read it on Facebook, click here

© 2017-2018 Wilson Filho
Nankin sobre papel. A4.
Ink on paper.


Terras de Flandres
Wilson Filho




Índice
Table of Contents

Terras de Flandres
A Batalha de Dikkele
de Wilson Filho




Escrito originalmente em inglês,
com uma formatação de página que segue o estilo oriental de leitura
- da direita para a esquerda –

(Tradução para o português feita pelo autor.)

Agosto de 2017
Janeiro de 2018

Página 1

Flemish Lands: Chapter I (Terras de Flandres: Capítulo I)

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Flemish Lands
© 2017-2018 Wilson Filho
Nankin sobre papel. A4.
Ink on paper.

CHAPTER I - THE TRAVELLING SALESMAN
CAPÍTULO I - O CAIXEIRO VIAJANTE

Página 3- Hmm? / Oh, merda! / Era tudo o que eu precisava agora!
Página 4- É melhor nos passar o que você tem, viajante! / - Se não quiser se machucar... / - Perdão, cavalheiros. Mas preciso recusar. / O que eu tenho é o que eu tenho... / E não é da sua conta. / - O quê?! / Bem, então você vai pagar por esta recusa com sangue, idiota! / - Espere!! / Antes de me atacar...


Página 5Por favor me deixem dizer uma coisa. / Eu devo avisá-los... / - Você deve avisar... / - ... a nós?! / - Ha! / Ha! / - Essa é nova! / - Vejam... / Eu sou um cara magro... / E não tenho muita resistência. / Então, se quatro camaradas como vocês tentarem me bater... / Eu sei que só tenho chance... / Se não for atingido.
 Página 6E se eu não quiser ser atingido... / Tenho de atingi-los primeiro. / - Ok, sabichão. O que é isso? / Algum tipo de palestra? / - Espera, deixa eu terminar. / Isso é importante que se diga. / Não apenas tenho de atingi-los primeiro... / Mas devo fazê-lo de tal forma... / Que vocês cairão para nunca mais se levantar. / E eu digo, nunca mais.

Página 7Eu sei como fazer isso. / E eu posso fazer. / Mas sou um homem pacífico. / E não gosto de machucar os outros. / Então, se tiver de deixar alguns caras tão machucados como descrevi ... / Eu me sinto melhor comigo mesmo se avisá-los primeiro.
 Página 8Então. / O que vai ser? / Vocês vão me deixar em paz ou vão tentar me roubar? / - O que vai ser?! / - Bem... / Você achou mesmo que iria nos assustar com essa merda?! / Nós vamos te arrebentar! / É isso o que vai ser!

Páginas 9 e 10:


Página 11: - Nic?... / - Hey, Nic!!
Página 12- Ele está com dificuldade para respirar. / - É. Parece que está se engasgando com sangue. / - Aquilo é um osso saindo do braço dele?! / - Eu avisei... / - ... / - Não avisei? / Agora... / O que vai ser? / - Bem, acho que aquela maleta não é tão grande assim, afinal... / - É, e está toda desgastada! / - Realmente!

Página 13- Não compensa o esforço. / - E o Nic precisa de ajuda. / - É melhor irmos, gente. / - Anda! Anda! / - Hmm! Nada como um bom exemplo para realçar nossa retórica!
 Página 14- ? / - Não se preocupe! / Oi! Eu sou uma moradora da próxima vila. / Senhor, aquilo foi incrível! / Você espantou todos aqueles bandidos! / - Oh, não foi nada demais! / Na verdade, eu tive um pouco de sorte. / Pois eu estava meio que blefando. / Eu não sei se poderia derrotá-los todos de uma vez. / - Mas você foi corajoso, de qualquer forma. / - Bem, eu só não podia deixá-los levar minhas coisas! / - Você vai ficar por aí? / - Sim. Estou indo para Dikkele.

Página 15- Então você deve tomar cuidado. / Aqueles homens são da gangue do Jan de Lichte. / - Gangue? / - Sim. Eu estava colhendo frutas e felizmente pude me esconder quando os vi chegando. / Eles moram na floresta Raspaille, e estão sempre roubando os fazendeiros e as pessoas das vilas ao redor. / E, é claro, viajantes como você. / Eu também estou indo para Dikkele. Posso acompanhá-lo? / - Claro. / - Como eu estava dizendo: tome cuidado. De Lichte pode querer vingança. / - Oh! Eu ficarei alerta. Obrigado.
 Página 16- Aliás, meu nome é Veerle. / - Oh! / O meu é Gert. / Gert de Gelder. / Estou aqui procurando por um cliente. / - Um cliente? Em Dikkele? / - É. / Sabe... Eu sou um caixeiro-viajante. / E tenho umas encomendas para um cliente que conheci em Amsterdã. / Mas me informaram que agora ele veio trabalhar nesta vila de Flandres.

Página 17Ele é espanhol. / - Ah! O pintor? / - Sim! Domingo Montoya. Conhece? / - Mais ou menos... Ele está pintando o meu professor. / Dizem que ele teve de fugir da Espanha porque matou um homem... / Isso é verdade? / - Acho que sim. Numa briga por causa de algum assunto de jogo, pelo que ouvi.

Página 18

Flemish Lands: Chapter II (Terras de Flandres: Capítulo II)

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Flemish Lands
© 2017-2018 Wilson Filho
Nankin sobre papel. A4.
Ink on paper.

CHAPTER II - THE PAINTER AND THE PHILOSOPHER
CAPÍTULO II - O PINTOR E O FILÓSOFO

Página 19- Ei, Pier! / - Viemos pegar nossos barris do mês. / Sabe... / Já estamos ficando sem vinho no bosque. / Nos passe o que você tem, agora! / -C-claro.
 Página 20- Perdón, señor. / - Hmm? / - Você não pode fazer isso? / - Quê?! / - Você não pode levar o vinho do sr. Pier. / - Ei! É melhor ficar quieto! Você tem idéia de com quem você está lidando? / - Sim, eu tenho alguma idéia: eu ouvi os rumores sobre um bando de ladrões imundos... / - O quê?! / - Vejam, esta garrafa está quase vazia. Se vocês levarem os barris, eu não vou ter nada para beber... / - É? Então eu vou te dar algo para beber, desgraçado!

 Página 21
Página 22- Seu filho da... / - Jesus!!

Página 23- Srta. Veerle... / ...Você sabe onde posso encontrar o Domingo agora? / - Agora você deve encontrá-lo no bar, perto da igreja. / - No bar às 9 da manhã... Bem, esse é o Domingo! Irei lá. / Obrigado.
 Página 24- Não quero vê-los aqui outra vez! / ¡Pedazos de mierda! / - Seu arrogante maldito! / Vamos embora, Rob! / Nós fomos derrotados! / - Ei, Domingo! / - Hm? / Gert! / Cara, você me achou! / Venha comigo ao meu estúdio, Gert. / Você vai gostar de conhecer o filósofo que estou retratando. / - Oh! Aquele é o viajante de antes!

Página 25De Lichte não vai gostar disso. / - O que foi agora?! / - Desculpe, chefe! / - Estou tendo algum tipo de deja vu? / O que está acontecendo aqui? / Primeiro um viajante atrevido. / Agora um cachaceiro miserável!? / Não posso aceitar que meus homens sejam espancados duas vezes em um dia!
 Página 26E você diz que os dois se conheciam? / - Sim. Eu os vi conversando. / E escutei que estavam indo se encontrar com o filósofo. / - Filósofo? Oh, aquele caçador maldito que vive dizendo que eu sou doido? / Ora, três inimigos juntos... É uma grande oportunidade! / Estes homens não podem continuar vivos depois de mexerem com a gente! / Rob... / Prepare nossos homens! Nós vamos para Dikkele!

Página 27:  - Então, Gert... / Você trouxe o que eu encomendei? / - Sim. / Aqui está. / O livro “Iconologia”, de Cesare Ripa. / Em italiano, pois não encontrei a tradução espanhola. / - Ah... / - Alguns sacos de café... / E, o mais importante... / ...um saco de pó de lápis lazúli. / - Lápis lazúli?
 Página 28 Então este é o famoso pigmento do azul ultramarino? / - Olaf! / Você vai usá-lo no meu retrato? / - Ha! Vai sonhando! / É claro que não! / Este pigmento é muito caro. / Eu só vou usá-lo em alguns detalhes finais da pintura para a igreja. / Que, afinal, é a principal razão de eu ter vindo para Dikkele. / Gert, este é o homem que estou pintando. / Olaf van Eik. / Olaf, este é o mascate, Gert de Gelder. / Ele pode ter alguma coisa que você queira comprar.

Página 29Acho que tenho água quente e açúcar aqui. / Vou preparar para nós um pouco deste café. / - Então, você é o mascate que Domingo estava esperando! / Você veio de Amsterdã para Dikkele só para fazer a entrega dele? / - Sim. Eu não me importo de atravessar as terras de Flandres por um punhado de florins. / Você é um filósofo, certo? / Eu tenho aqui alguns livros que você pode querer. / - Hmm... / Vejamos... / Leibniz... este aqui certamente é importante.
Página 30Voltaire... os livros dele são ótimos!... / Se você for um adolescente! Ha, ha, ha! / Bem, pelo menos ele é engraçado! / Hmm... Maquiavel e Descartes. Atualmente estou escrevendo sobre esses dois... / Sabe de uma coisa? Tem algo de errado com esses camaradas. / - Você quer dizer, Descartes e Maquiavel? / - É, mas não só... / Há vários pensadores dos últimos dois ou três séculos... / Que se preocupam mais com as convenções acadêmicas do que em encontrar a verdade.

Página 31Tanto que suas filosofias acabam em algum absurdo desligado de suas experiências reais. / Quer dizer, o cara escreve um manual de como governar o mundo e na realidade ele não consegue governar nem sua própria vida... / Ha! Ha! É ridículo! / É por isso que me mantenho numa distância profilática de qualquer cargo acadêmico. / - Então, você leciona por conta própria? / - É claro! Exatamente como fizeram alguns dos maiores filósofos. / Mas, já que Dikkele é uma vila pequena, eu não tenho muitos alunos. / Daí eu ganho a vida como caçador. / - Entendo. / - Bem, vamos beber e depois podemos começar a trabalhar.
 Página 32Sabem como chamo isto? / “La bebida de los dioses”. / - É apropriado! He, he! / - E este aqui é o melhor da Ilha de Java, eu lhes garanto! / - Oh, a propósito... / Gert, você tem um pouco de tabaco para vender? / Seria ótimo depois desta “bebida dos deuses”. / - É claro que tenho! / - Então vou comprar os livros e um saco de tabaco e papel.

Página 33- Vamos terminar isto antes do meio-dia. / - Claro. / - Sr. Olaf...
 Página 34- Hmm? / - Eu conheci uma de suas alunas quando estava vindo para Dikkele. / A srta. Veerle. Ela me viu lutando contra uns bandidos que tentaram me roubar... / E me disse para tomar cuidado com um certo Jan de Lichte. / Você poderia me falar sobre esse cara? / - Você bateu neles todos, Gert? / - Não, só em um. O resto fugiu. / - Ha! Covardes! / Eu também gostaria de saber sobre esse cara. / Eu já ouvi o Olaf falando de De Lichte algumas vezes, mas na verdade ele nunca explicou a situação mais do que brevemente... / - Bem, antes de tudo, o homem é doido!



Página 35Ele não passa de um ladrão e assassino. / Mas ele se imagina como uma espécie de herói! / Curioso, não é? / Esse é um tipo de mentalidade que está se tornando comum hoje em dia. / Acho que tem alguma relação com as correntes de pensamento francesas que estão tão na moda agora. / A idéia de que você é a encarnação da justiça... / E que, portanto, tudo o que você faz é legítimo... / Esse é um pensamento perigoso! / Ainda mais quando aparece na cabeça de alguém como Jan de Lichte. / Para começar, ele nasceu em uma família de criminosos, em Velzeke, uma vila vizinha...

Página 36